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Sinceramente não sei me definir, sou confusa demais pra isso e também não sou boa em julgamentos nem mesmo no meu próprio. Então só vou dizer o que todo mundo sabe eu sou um pouco maluquinha, desastrada e muito teimosa. Gosto de ler, de chuva de música e de filmes e rio. Amo fazer amizades, tenho grandes amigos e muitos colegas. Me considero determinada. Acho sinceramente que minha vida daria um bom livro (pelo menos eu o leria) Sou sonhadora, até demais. Gosto de ajudar, me considero um pouco esquisita e acho a realidade muito chata. Fantasio demais, choro demais, falo demais. Quero sempre da jeito em tudo, sofro muito com os outros, por mim e pelos os outros, gosto de ser útil, gosto de sorrir, melhor prefiro gargalhar. Gosto de andar descalço e de tomar banho de chuva. Amo viver,e o que eu quero mesmo é ser e saber fazer as pessoas felizes.

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12 de abril de 2011

Velório no Estrela

As pessoas comentam entre lágrimas,
"alguem muito querido não existe mais "
é inacreditável, você sempre conviveu
com aquela pessoa, fez parte da sua infância
contribui de alguma forma no seu crescimento
derrepente você pensa, não vou mais vê-la, ouvi-lá
parece irreal.
 Parece um sonho ruim, daqueles que você luta pra acordar
Em outros lugares é normal,
 as pessoas estão acostumadas a presenciar mortes todos os dias,
 mas no Estrela não
é sempre um choque, porque todo mundo é da gente
de uma forma particular, ou não, não queremos perder ninguém.
Então o sino toca e dói, doi muito cada badalada é um aviso
de que alguém não estará mais lá... se foi.
Mais ainda assim é inacreditável,
depois o corpo chega, e você pensa: devo ir mas não quero,
devo ir sim porque no Estrela ir a um velório
é sinônimo de consideração, não devo ir porque não quero ver aquela pessoa
outrora tão cheia de vida, em um caixão frio,
não quero lembrá-la assim, quero guardar as recordações boas, vivas dentro de mim
 Não adianta vou, temos que ir,
 então leva-se um choque, lágrimas rolam e a dor aumenta
mais ainda assim é inacreditável
então é despedida final alguém da família diz palavras que emocionam,
vizinhos, amigos, inimigos choram e comentam num canto
"como aquela pessoa era boa",
 umas de coração, outras apenas por remorço,
outras por não saberem o que dizer
então o sino toca e machuca de novo, chega a hora de o caixão sair da casa
isso doi porque percebemos que não veremos mais aquela pessoa
mais ainda assim é inacreditável
então as pessoas andam seguindo o caixão até o cemitério
a passos duros, relutantes, ainda pensando:
"meu Deus não pode ser real"
e os pés se recusam a ir, mais vão, a pasos frios que doem
e lá vê-se a cova, descem o caixão, descem as lágrimas...
e então jogam a terra, que faz um barulho quando se encontra com o caixão
nesta hora tomados de um choque percebemos,
  é mesmo o fim
e doi muito mais, quando pensamos: acabou ela não existe mais
e choramos, nos abraçamos, compartilhamos a dor pra tentar diminuí-la.
Nessas horas todos nos nos entendenmos.
Não estamos preparados pra morte
ninguém quer perder, ainda mais perder pra sempre
pois a morte é covarde poreque nos nega a chance
de um revanche.

Jaqueline Santos

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